Métodos de doação
Drauzio – Como se doa a medula óssea?
Carmen Vergueiro –Existem duas formas de doar a medula óssea: por punção de veia periférica para filtração das células-mãe, as células progenitoras, através de um aparelho ou puncionando a medula diretamente da cavidade do osso.
Drauzio – Como é feita a doação por punção da veia periférica?
Carmen Vergueiro - É um procedimento parecido com o de doar plaquetas do sangue. Antes o doador recebe um medicamento que estimula a produção de células brancas, principalmente de células progenitoras imaturas, que migram da medula óssea para as veias. Cinco dias depois, seu sangue passa por uma máquina semelhante à de diálise, onde é filtrado para coletar essas células. Em média quatro horas de filtração bastam para conseguir a quantidade necessária de material que será processado e levado para o paciente que precisa do transplante.
Drauzio – Esse procedimento dura, em geral, quatro horas. O doador sente algum desconforto?Carmen Vergueiro –Existem duas formas de doar a medula óssea: por punção de veia periférica para filtração das células-mãe, as células progenitoras, através de um aparelho ou puncionando a medula diretamente da cavidade do osso.
Drauzio – Como é feita a doação por punção da veia periférica?
Carmen Vergueiro - É um procedimento parecido com o de doar plaquetas do sangue. Antes o doador recebe um medicamento que estimula a produção de células brancas, principalmente de células progenitoras imaturas, que migram da medula óssea para as veias. Cinco dias depois, seu sangue passa por uma máquina semelhante à de diálise, onde é filtrado para coletar essas células. Em média quatro horas de filtração bastam para conseguir a quantidade necessária de material que será processado e levado para o paciente que precisa do transplante.
Carmen Vergueiro – Algum desconforto pode ocorrer quando ele faz uso do estimulante para produzir mais células progenitoras. São sintomas semelhantes ao de uma gripe, um mal-estar que cede com qualquer analgésico.
Drauzio – Durante a filtração das células progenitoras, o doador corre algum risco?
Carmen Vergueiro –Não corre nenhum risco nem sente qualquer desconforto. É um procedimento realizado há mais de 20 anos, e nunca houve nenhum acidente com o doador.
Drauzio – Você disse que são dois métodos. Um é retirar as células progenitoras do sangue periférico. E o outro?
Carmen Vergueiro – O outro é puncionar diretamente a medula óssea do osso, do tutano, como você disse. Usando seringa e agulha, são feitas punções no osso do quadril para aspirar o material que contém as células progenitoras do sangue. Nesse caso, o doador é anestesiado para que não sinta dor. Esse procedimento dura 40 minutos.
Drauzio – Quem pode ser doador de medula óssea?
Carmen Vergueiro – Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos, em bom estado de saúde, pode ser doadora de medula óssea. Não existe nenhum outro critério para exclusão.
Drauzio – Não são excluídas pessoas que tiveram hepatite nem as portadoras do vírus HIV?
Carmen Vergueiro – A princípio, não. Pede-se apenas que a pessoa tenha boa saúde. A sorologia não é importante no momento em que entra no programa, pois a probabilidade é que, em cada dez mil, só uma seja doadora, talvez vários anos depois de ter-se inscrito como voluntária.
O importante é saber como ela está clinicamente na hora de doar. Só, então, se irá avaliar, por exemplo, se a hepatite representa um risco tão grande quanto o benefício de receber um transplante de medula óssea.
Carmen Vergueiro – O outro é puncionar diretamente a medula óssea do osso, do tutano, como você disse. Usando seringa e agulha, são feitas punções no osso do quadril para aspirar o material que contém as células progenitoras do sangue. Nesse caso, o doador é anestesiado para que não sinta dor. Esse procedimento dura 40 minutos.
Drauzio – Quem pode ser doador de medula óssea?
Carmen Vergueiro – Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos, em bom estado de saúde, pode ser doadora de medula óssea. Não existe nenhum outro critério para exclusão.
Drauzio – Não são excluídas pessoas que tiveram hepatite nem as portadoras do vírus HIV?
Carmen Vergueiro – A princípio, não. Pede-se apenas que a pessoa tenha boa saúde. A sorologia não é importante no momento em que entra no programa, pois a probabilidade é que, em cada dez mil, só uma seja doadora, talvez vários anos depois de ter-se inscrito como voluntária.
O importante é saber como ela está clinicamente na hora de doar. Só, então, se irá avaliar, por exemplo, se a hepatite representa um risco tão grande quanto o benefício de receber um transplante de medula óssea.
Dra. Carmen Vergueiro é hematologista e trabalha na Santa Casa de São Paulo. Dra. Juliana Serro é membro da AMEO (Associação de Medula Óssea). |
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